sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Confiança no cuidado de Deus: refrigério

Quando internada na UTI, o quadro que minha irmã encontrava-se era de sonolência, respiração estável e aguardávamos seu corpo reagir. Por poucos momentos ela ficava acordada. Inicialmente a ela somente foi administrado soro na veia, porém, por causa da sonolência e por ainda estar no início da reação ao trauma ela encontrava-se temporariamente sem poder deglutir os alimentos, por isso ligaram a ela uma sonda gástrica, além de um monitor de pressão.
Pela análise clínica o seu quadro era considerado grave, devendo-se ficar sob estrita observação, pois pelo trauma sofrido na parte esquerda do cérebro com comprometimento de 60% o cérebro estava sendo comprimido dentro do crânio por estar inchado e que lhe provocava a sonolência. Se a compressão não diminuísse, havia o risco de inchar mais e, nesse caso, teria que ser realizada uma cirurgia de emergência em que seu crânio teria que ser aberto.
Apesar da situação delicada em que se encontrava, dentro das primeiras 24h internada, ela começou a fazer os primeiros movimentos com o lado esquerdo do corpo, aquele que não sofreu comprometimento com acidente no cérebro. Ela ajeitou a coberta com a mão esquerda, mexia a perna esquerda e abria os olhos. Nos momentos em que abriu os olhos e alguém estava por perto ela já começava a ensaiar algumas interações. Mas os médicos sempre alertavam que apesar dela estar respondendo alguns estímulos seu quadro era muito grave e delicado, com sério risco de morte, situação que, segundo eles, "inspirava cuidado".
Naturalmente, essa situação abalava toda a família. Lembro-me que no dia 2 de maio, logo cedo, ao acessar a internet vi uma publicação da minha mãe do texto bíblico de João 9.1-7:

1 Caminhando Jesus, viu um homem cego de nascença.
2 E os seus discípulos perguntaram: Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?
3 Respondeu Jesus: Nem ele pecou, nem seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus.
4 É necessário que façamos as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.
5 Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo
6 Dito isso, cuspiu na terra e, tendo feito lodo com a saliva, aplicou-o aos olhos do cego,
7 dizendo-lhe: Vai, lava-te no tanque de Siloé (que quer dizer Enviado). Ele foi, lavou-se e voltou vendo.

Em sua publicação minha mãe mostrava que apesar de inicialmente estar angustiada com toda a situação que estávamos sofrendo, após a essa leitura sentiu um refrigério na alma. Sabia que Deus estava cuidando da Patrícia. Creu que Ele, o mesmo Deus que havia curado um cego de nascença, entre tantos outros milagres, tem poder para preservar o cérebro da minha irmã e curá-la.
Em cada momento a Graça de Deus mostrava-se intimamente presente

REFERÊNCIAS

João. Português. A BÍBLIA Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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