segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Confiança no cuidado de Deus: o encontro

Ao chegar ao portão da casa observamos que a ambulância do SAMU já havia chegado. Meu pai tinha ligado para uma das irmãs do meu cunhado para acompanhar minha irmã na ambulância, pois ela é uma ótima pessoa para cuidar e lidar com essas situações. Quando entramos no portão encontramos com ela, com seu filho mais velho que fora leva-la e com meu pai. A equipe do SAMU já estava no quarto e já tinham colocado minha irmã na maca. Eles fizeram alguns testes para ver seus sinais vitais. Mediram a pressão e verificaram que não estava alterada, estava no normal dela. Minha irmã tomava remédio de pressão já fazem uns nove anos. Ela não era hipertensa, a causa dela tomar remédio de pressão era algo mais simples. Uma das válvulas cardíacas de seu coração não apresenta um fechamento adequado, causando sinais e sintomas de aumento dos batimentos cardíacos, o que acelera o coração e aumenta a pressão sendo assim necessário tomar o remédio, mas nada que comprometesse sua saúde.
Quando chegamos dentro do quarto a cena que nos deparamos foi minha mãe ajoelhada na cama chorando e clamando a Deus. Meu sobrinho estava em cima da cama olhando para minha irmã e dizendo, "Olha! Mamãe doente". Meu cunhado ajudava o SAMU abrindo espaço dos móveis do quarto para que a maca pudesse ser tirada de lá. A cena dela saindo do quarto é a que mais me marcou, o único movimento do corpo que ela fazia era mexer os olhos, um olhar amplo que olhava para todas as direções sem foco. Minha vontade é de que ela estivesse ali olhando para mim e que me escutasse quando eu disse: "Eu te amo muito".
Minha irmã foi levada para o hospital que sempre consultamos, próximo de casa. Acompanhando-a ao hospital foram meu cunhado e sua irmã. Ao chegarem ao hospital, os médicos ao, examinando-a, inicialmente não souberam dizer o que ela tinha e disseram ser necessário fazer vários exames para emitirem um diagnóstico. Enquanto isso, ela ficou em observação na sala de emergência em monitoramento constante. Ela não mudou de reação e continuava somente com os olhos abertos e sem nenhum movimento no corpo. Os médicos não utilizaram de nenhum procedimento enquanto não saiu o resultado dos exames, pois ela respirava normal e os batimentos cardíacos também estavam normais. Na visão da equipe médica o procedimento era aguardar os exames.
Em casa com minha mãe, estávamos apreensivos, porém sempre confiantes de que o Senhor estava no controle de tudo.

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