Após a
alegria que foi o Dia das Mães, a semana que se seguiu foi ainda mais feliz. No
dia 14 maio ela já estava gesticulando e até emitindo alguns sons, mas sem
conseguir formar palavras. No próximo dia, 15 de maio, ela continuava no quarto
do hospital havia previsão de alta nessa mesma semana. Ela vinha realizando vários
exames e dentre eles um de controle de sangue que se denomina INR no qual foi
constatado que as taxas estavam abaixo do recomendando, ou seja, o sangue dela
estava muito fino. Posteriormente a situação inverteu-se e foi constatado que
estava acima do recomendado. Levou um
tempo para conseguirem regularizar a dose do anticoagulante em seu organismo.
O nome da minha irmã
estava para ser encaminhado para o Hospital Sarah Kubitschek, mas ela precisava
primeiramente receber alta e ter o laudo médico para assim posteriormente entrar
na fila de espera para atendimento.
No dia
16 de maio chegou o tão esperado momento. Ela recebeu alta e foi para casa. Em
todos os momentos ela esteve consciente e sabia de tudo que estava se passando
e notamos que o AVC não comprometeu sua memória.
No dia
20 maio ela fez a primeira sessão de fisioterapia em casa. A fisioterapeuta
conseguiu fazer com que minha irmã fizesse sozinha alguns movimentos com a
perna direita, como a “borboleta”, sentar sozinha na cama, além de conseguir
colocá-la de pé e andar com ela sendo sustentada em seu corpo. A profissional
ficou bem animada com os resultados que ela apresentou já de início, o que
denotava grande possibilidade de recuperação. Minha mãe ainda pediu para ela
tentar falar amo a mamãe ou amo o amor e ela conseguiu falar: "ama o
amigo", ótima evolução.
Aguardávamos
a resposta do Sarah para que o quanto antes ela fosse encaminhada para realizar
o tratamento lá. Nossa oração nesse momento era pedindo para Deus que, se fosse
Sua vontade, o Sarah a chamasse em breve e que Ele continuasse a agir em seu
organismo para que apresentasse melhoras e seu corpo fosse totalmente restaurado.
No dia
21 maio ela continuava com o grande progresso na fisioterapia. Ela já fazia
alguns movimentos e falava algumas palavras e estava ouvindo muito bem. Esse
último era importante saber, pois havia a possibilidade dela haver perdido um
pouco da audição do lado afetado pelo AVC. Sentíamos que a fisioterapeuta tinha
sido enviada por Deus. Ela dizia que faria com que a minha irmã voltasse a andar
normalmente. Críamos que pelo Poder de Deus isso não levaria muito tempo. Logo
depois ela passou a frequentar a clínica de fisioterapia, na tentativa de
evitar regressão dos movimentos.
No dia
25 de maio ela já conseguia repetir seu próprio nome e falar “glória a Deus” em
alto e bom som. Enquanto informávamos os amigos e parentes sobre essas ótimas
notícias, pedíamos que continuassem orando por ela, para que o Senhor completasse
sua recuperação.
Por
volta do dia 28/05 ela já havia começou a ter uma sensibilidade do lado direito
da perna e já estava começando a fazer leves movimentos e falar algumas
palavras de vez em quando. No mês de maio ela ainda utilizava a cadeira de
rodas, mas pelo grande progresso que ela estava tendo havia grandes chances
dela voltar os movimentos e a andar. No dia seguinte ela já estava conseguindo
cantar. Inclusive era interessante ver como cantar e falar são tarefas bem
independentes, pois ela conseguia acompanhar o canto de músicas inteiras que já
conhecia, mesmo sem conseguir formar palavras e frases para se comunicar.
Minha irmã saindo do hospital e indo para casa no dia 16/5/2013. |