quinta-feira, 1 de maio de 2014

Confiança no cuidado de Deus: trajetória do mês de maio de 2013

Após a alegria que foi o Dia das Mães, a semana que se seguiu foi ainda mais feliz. No dia 14 maio ela já estava gesticulando e até emitindo alguns sons, mas sem conseguir formar palavras. No próximo dia, 15 de maio, ela continuava no quarto do hospital havia previsão de alta nessa mesma semana. Ela vinha realizando vários exames e dentre eles um de controle de sangue que se denomina INR no qual foi constatado que as taxas estavam abaixo do recomendando, ou seja, o sangue dela estava muito fino. Posteriormente a situação inverteu-se e foi constatado que estava acima do recomendado. Levou um tempo para conseguirem regularizar a dose do anticoagulante em seu organismo.
O nome da minha irmã estava para ser encaminhado para o Hospital Sarah Kubitschek, mas ela precisava primeiramente receber alta e ter o laudo médico para assim posteriormente entrar na fila de espera para atendimento.
No dia 16 de maio chegou o tão esperado momento. Ela recebeu alta e foi para casa. Em todos os momentos ela esteve consciente e sabia de tudo que estava se passando e notamos que o AVC não comprometeu sua memória.
No dia 20 maio ela fez a primeira sessão de fisioterapia em casa. A fisioterapeuta conseguiu fazer com que minha irmã fizesse sozinha alguns movimentos com a perna direita, como a “borboleta”, sentar sozinha na cama, além de conseguir colocá-la de pé e andar com ela sendo sustentada em seu corpo. A profissional ficou bem animada com os resultados que ela apresentou já de início, o que denotava grande possibilidade de recuperação. Minha mãe ainda pediu para ela tentar falar amo a mamãe ou amo o amor e ela conseguiu falar: "ama o amigo", ótima evolução.
Aguardávamos a resposta do Sarah para que o quanto antes ela fosse encaminhada para realizar o tratamento lá. Nossa oração nesse momento era pedindo para Deus que, se fosse Sua vontade, o Sarah a chamasse em breve e que Ele continuasse a agir em seu organismo para que apresentasse melhoras e seu corpo fosse totalmente restaurado.
No dia 21 maio ela continuava com o grande progresso na fisioterapia. Ela já fazia alguns movimentos e falava algumas palavras e estava ouvindo muito bem. Esse último era importante saber, pois havia a possibilidade dela haver perdido um pouco da audição do lado afetado pelo AVC. Sentíamos que a fisioterapeuta tinha sido enviada por Deus. Ela dizia que faria com que a minha irmã voltasse a andar normalmente. Críamos que pelo Poder de Deus isso não levaria muito tempo. Logo depois ela passou a frequentar a clínica de fisioterapia, na tentativa de evitar regressão dos movimentos.
No dia 25 de maio ela já conseguia repetir seu próprio nome e falar “glória a Deus” em alto e bom som. Enquanto informávamos os amigos e parentes sobre essas ótimas notícias, pedíamos que continuassem orando por ela, para que o Senhor completasse sua recuperação.
Por volta do dia 28/05 ela já havia começou a ter uma sensibilidade do lado direito da perna e já estava começando a fazer leves movimentos e falar algumas palavras de vez em quando. No mês de maio ela ainda utilizava a cadeira de rodas, mas pelo grande progresso que ela estava tendo havia grandes chances dela voltar os movimentos e a andar. No dia seguinte ela já estava conseguindo cantar. Inclusive era interessante ver como cantar e falar são tarefas bem independentes, pois ela conseguia acompanhar o canto de músicas inteiras que já conhecia, mesmo sem conseguir formar palavras e frases para se comunicar.
Minha irmã sorrindo, sentada na cadeira de rodas passando pelo corredor do hospital.
Minha irmã saindo do hospital e indo para casa no dia 16/5/2013.

sábado, 19 de abril de 2014

Confiança no cuidado de Deus: dia das mães


O dia 12 de maio era o segundo domingo do mês, quando se comemora o dia das mães. Como no hospital somente é permitido um acompanhante por paciente, meu cunhado acompanhou minha irmã da noite de sábado para domingo e logo cedo minha mãe chegou ao hospital para ficar com ela e comemorar esse belo dia a seu lado. Antes de ocorrer o acidente eu e minha irmã já tínhamos combinado o presente que iríamos comprar para minha mãe e entregar juntas nesse dia. Mesmo após ocorrer o acidente, eu providenciei o presente.
Pela manhã fui à Escola Dominical na igreja e quando terminou combinei com meu marido que passaríamos no hospital para ver a possibilidade de subir no quarto e  entregar o presente. As visitas eram permitidas das 14h às 20h, mas como gostaria de ter um momento somente com as duas, queria visitá-la naquele momento, por volta das 11h30. No caminho fui orando pedindo a Deus que os funcionários do hospital pudessem entender a situação e me deixassem subir por alguns minutos. Quando cheguei à recepção, conversei com a atendente e felizmente ela deixou-me subir. Quando entrei no quarto foi uma grata alegria, pois não tinha comunicado às duas que eu iria. Foi um momento de grande festa e um grande privilégio poder ter esses momentos juntas!
Eu via nos olhos da minha mãe que aquele era o melhor dia das mães que ela passava ao lado de suas filhas.

Minha irmã recostada na cama do hospital, nossa mãe com o braço em volta dos ombros dela e eu lado de nossa mãe, todas sorrindo e elegantes.
Minha irmã, nossa mãe e eu no quarto do Hospital comemorando o Dia das Mães.
12 de maio de 2013.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Confiança no cuidado de Deus: início da recuperação

Depois de sete dias internada na UTI minha irmã agora se encontrava no quarto do hospital recuperando-se. O dia 8 de maio foi um dia muito importante e emocionante para ela, pois seu filho pode reencontra-lá. Dá para imaginar a grande emoção?
Ela sempre se apresentou com o cognitivo preservado, ou seja, entendia perfeitamente, reconhecia a todos, sabia de tudo o que estava se passando, mas não conseguia falar. No entanto ela se expressava muito bem.  Ela teve paralisia facial, que já se encontrava em processo de recuperação, seu olhar sempre foi bem expressivo e interativo. O seu quadro era de hemiplegia à direita, ou seja, estava sem movimentos em todo o lado direito do corpo. Em todo momento ela estava sendo acompanhada por fisioterapeutas­ e fonoaudiólogos. Nossa querida amiga fisioterapeuta, até colocou-a em pé nesse mesmo dia e disse que foi meio embaraçoso, porque foi a primeira vez depois que ocorreu a lesão e ela ainda sentia-se fraca, mas depois a deixou sentada por um momento na poltrona e fizeram o restante dos exercícios, apresentando boa evolução.
No dia 9 de maio minha irmã continuou demonstrando uma boa recuperação até mesmo ilustrada por meio de seus belos sorrisos. A fisioterapeuta trabalhou com exercícios faciais, colocou-a novamente em pé, mas ela ficava com medo de cair, sentindo-se receosa. Dos relatos de nossa querida amiga fisioterapeuta, ela conta que após fazê-la ficar em pé e depois coloca-la de volta na cama, a perna direita ficou mais a frente e ela arrastou a perna. Grandes maravilhas se manifestando, glória a Deus!
No dia 10 de maio logo cedo tive a primeira chance de passar um tempo na companhia da minha irmã desde o acidente. Cheguei cedo ao hospital e fui acompanha-la em uma ressonância e me alegrei, pois ela encontrava-se muito bem! Nesse momento pudemos conversar bastante sobre ela, sobre como ela se sentia sobre o AVC e sobre seus sentimentos. Ela sabia o que tinha sofrido um AVC, que se sentia confortada sobre a situação e que estava grata a Deus por estar bem. É claro que tive que interpretar toda a conversa, mas seu semblante demonstrava muito sobre si.
Na hora do desjejum ela pediu café com leite e comeu iogurte, os quais eu servi pra ela, pois ela ainda estava com dificuldade para trazer os alimentos à boca. Ela fazia carinho em minha mão e eu retribuía com mais carinho e sorrisos. Foi um ótimo dia para nós duas, pois pudemos demonstrar muito o carinho e cuidado que temos uma pela outra. Tive até o privilégio de receber beijinho no rosto ao ir embora!
Esse foi um dia de grande alívio para mim. Meu coração podia enfim descansar um pouco depois de tantos dias de apreensão.
Minha irmã sentada na cadeira de rodas no quarto do hospital e eu ao seu lado, ambas sorrindo.
Minha irmã e eu no quarto do hospital no dia 10/05/2013.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Confiança no cuidado de Deus: milagre

A partir do dia 3 de maio o corpo da minha irmã começou a reagir e apresentar melhoras, de forma que o inchaço do cérebro não mais se desenvolvia. Quando médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e fonoaudiólogos entravam no quarto da UTI para examiná-la e fazer procedimentos de rotina ela reagia bem a todos os comandos e estímulos que eles solicitavam. O lado esquerdo do corpo apresentava bons sinais, ela mexia a perna esquerda, a mão esquerda e apresentava um sorrisinho de lado, ou seja, respondia a todas as perguntas mexendo a cabeça e a todos os comandos com o lado esquerdo do corpo. Ainda no dia 3 de maio a fonoaudióloga tentou dar-lhe sopa para comer, mas ela ainda não estava com coordenação para mastigar e engolir. Um passo de cada vez era dado. Seu corpo já demonstrava bons sinais ao conseguir fazer as necessidades fisiológicas, sem nunca ter utilizado sonda externa.
Ao receber a visita de um pastor amigo, ele começou a conversar quando ela estava dormindo, mas ela abriu os olhos e deu um sorrisinho de lado pra ele. Ele orou por ela e quando ele falou que ela ainda iria voltar para casa para cuidar do filho e do esposo ela chorou, o que era considerado um ótimo sinal. Ela estava reagindo muito bem, reconhecendo as pessoas e interagindo com demonstração de alegria e emoção. Ela também fechava os olhos na hora da oração e os abria ao final naturalmente, mostrando que sabia de tudo que se passava ali. 
No dia 4 de maio, ela continuava interagindo, sorrindo e evoluindo sempre, mesmo que em passos curtos. Os médicos demonstravam animação com essa evolução. Nesse dia ela ganhou uma foto 3x4 de seu filho de 3 anos e não quis mais largá-la. Quando a fisioterapeuta, querida amiga nossa, foi visitá-la, minha irmã se mostrou muito inquieta, mas ela não entendia por quê. Minha irmã então fez grande esforço para se virar com o lado esquerdo de forma que ela não tinha feito ainda, só para mostrar que a foto tinha caído no chão. Após conseguir a foto ela se tranquilizou novamente e pediu para colocá-la ao lado da cama.
Até o dia 5 de maio ela se alimentava por sonda gástrica, porém nesse mesmo dia ela conseguiu começar a engolir a sopa dada pelos enfermeiros e os profissionais da saúde a colocaram assentada em uma poltrona.
Além das maravilhosas evoluções apresentadas nesses dias, ainda recebemos a maravilhosa notícia dos médicos informando que minha irmã não estava mais correndo o risco de vida, mas ainda com um quadro que inspirava cuidado.
No dia 7 de maio tivemos uma grata alegria: minha irmã estava na UTI somente para monitoração e realização de mais alguns exames de controle, pois ela acordou muito bem e o estado de sonolência já havia passado e agora ela se apresentava bem acordada. Às 16h, no horário que é permitido a visita na UTI, eu voltei a visitá-la com minha mãe e realmente tivemos a grande satisfação de encontra-la bem acordada e a visita foi bem agradável. No finalzinho da visita o médico veio para apresentar o relatório daquele dia e disse que ela receberia alta logo em seguida, sairia da UTI e seguiria para o quarto. A notícia irradiava alegria em nosso coração!
Nós glorificávamos a DEUS, pois dia a dia Ele havia concedido grandes bênçãos. A evolução da minha irmã é diária e mesmo que se manifeste de pouquinho em pouquinho estamos vendo o milagre vindo de DEUS.

segunda-feira, 24 de março de 2014

Confiança no cuidado de Deus: esperança

Imagem: Brotinho por L. Rodrigo, usada sob CC BY-NC-ND 2.0

Passamos a madrugada do dia 2 para 3 de maio com o coração entregue a Deus e em oração, confiando no SENHOR de que não seria necessário a Patrícia passar por intervenção cirúrgica e na expectativa de não receber nenhum ligação do hospital com nenhuma notícia pesarosa. A noite transcorreu tranquilamente e o alvorecer do dia 3 de maio chegou com a mais santa paz e tranquilidade sem más notícias.
A manhã passou tão tranquila quanto a madrugada anterior e aproximou-se o horário da 16h quando permitem as visitas na UTI. Nesse dia tive o privilégio de entrar com minha mãe para visitar minha irmã. Na sala de espera, aguardando o momento de entrar, meu coração se acelerava com a expectativa de como seria reencontrar minha irmã e como eu reagiria ao vê-la no leito de UTI, pois era a primeira vez que eu a veria desde o acidente.
Ao entrar na UTI a encontramos repousando, pois ela ainda se encontrava em estado de bastante sonolência. Segurei e fiz carinho em sua mão e toquei em seu rosto. Eu e minha mãe começamos a conversar com ela para ver se ela despertava um pouco do sono e interagia conosco. Ela abriu os olhos e, como minha mãe a estava acompanhando mais de perto, observou que seu olhar apresentava um aspecto melhor. Ao despertar, ainda sonolenta, começamos a fazer algumas perguntas e ela começou a interagir, respondendo as nossas perguntas com gestos leves tanto com a cabeça, quanto com a mão esquerda. Como era a primeira vez que estava tendo contato com ela eu a senti distante e a sensação que tive era que ela não queria me ver, com uma expressão séria. Mas isso era somente impressão minha, pois a situação que ela se encontrava era muito delicada. Ela ainda estava voltando a si e reaprendendo utilizar seu corpo e sentidos de forma geral para interagir com o meio em que se encontrava.
Uma forma que usei para avaliar se ela estava consciente e a par do que estava acontecendo foi fazendo uma brincadeira: disse que ela teria que melhorar logo para voltarmos na loja de sapatos à qual fomos juntas no dia 30 de março para olhar com calma os sapatos, já que nesse dia realizamos várias atividades e não deu tempo de olhar com calma essa loja, que encontramos em um de nossos percursos. Nesse momento ela deu um sorrisinho bem leve somente com o lado esquerdo do rosto. Essa expressão produziu em mim e em nossa mãe um renovo e saltamos de alegria. Com isso, fiz outra brincadeira. Disse que eu achava que ela estava com uma expressão fechada para mim, pois, quando me viu entrando, sabia que seu marido não mais entraria naquele dia por causa à limitação de visitas da UTI. Nesse momento ela abriu um pouco mais o sorriso e saiu lágrimas em seus olhos, parecia que ela sentia um misto de emoção com alegria. Então, eu lhe tranquilizei dizendo que podia ficar feliz que o médico liberou para meu cunhado visitá-la nos últimos minutos. Eu sairia e ele entraria, mais uma vez ela apresentou um leve sorriso. No finalzinho da visita dois médicos apareceram para apresentar o relatório médico daquele dia e disseram que o quadro dela continuava a inspirar cuidado, mas que ela já havia apresentado melhoras com relação ao dia anterior e depois disseram o que nós mais ansiávamos em ouvir. Não seria mais necessário realizar a intervenção cirúrgica. O corpo dela estava reagindo e apresentando melhoras, de forma que o inchaço do cérebro não havia se desenvolvido. Escutar essas palavras foi um momento grande alegria e nos fez ter ainda mais motivos de gratidão. As esperanças aumentavam que em breve ela iria sair da UTI.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Confiança no cuidado de Deus: em família

Imagem: Family por Bruno, usada sob CC BY-NC-ND 2.0

Por volta das vinte e uma horas meu marido me buscou no serviço e fomos direto para casa dos meus pais. Ao chegamos, reunimo-nos todos em família para conversamos sobre a situação delicada que minha irmã se encontrava. Estavam todos presentes do núcleo familiar: pai, mãe, cunhado, marido e eu. Meu sobrinho estava dormindo. Minha mãe contou todos os fatos ocorridos naquela tarde e enfatizou a frase dos médicos ao fim da visita a minha irmã, pedindo que ela esperasse a notícia sobre a necessidade de realizar a cirurgia. Dependendo de como o corpo dela reagisse naquela noite, talvez fosse necessário realizar a cirurgia às pressas. Se o telefone tocasse, algo relacionado a isso poderia ser dado como notícia. Não era comum que os médicos falassem que talvez entrariam em contato, pois quando o período de visita era encerrado, os familiares só poderiam ter notícia de seu ente internado na UTI por meio do boletim médico das vinte e duas horas, contendo breve e curta análise periódica do paciente. Raramente o hospital ligava para casa do paciente para transmitir alguma notícia.
Como família, aquela notícia nos deixava apreensivos. Então, reunidos, nós sabíamos que tínhamos que continuar orando e confiando no Senhor apesar de tudo. Uma situação nada fácil. Por alguns momentos conversarmos sobre como seria se minha irmã inevitavelmente viesse a fazer essa cirurgia ou como seria se Deus a quisesse levar. Claro que um pouco de tudo passava pela cabeça, mas em nenhum momento nós perdíamos o foco, pois estávamos sempre conscientes que Deus estava no controle de tudo. Entregávamos o desejo do nosso coração ao Senhor, pois naquele momento nossa oração era para que o cérebro da minha irmã desinchasse, que em nenhum momento ela precisasse fazer a cirurgia e que, assim, seu corpo fosse restaurado, completando a cura. Nosso grande desejo era que o Senhor fizesse o melhor segundo Sua vontade, e era para isso que intercedíamos.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Confiança no cuidado de Deus: reflexiva

Fonte: Reflectivo por jenlen, usada sob CC BY-NC-ND 2.0

No dia 2 de maio, enquanto minha mãe estava no hospital, eu estava no trabalho e aguardava ansiosa por notícias da minha irmã. Por volta das 19h eu estava voltando do meu horário de intervalo na biblioteca universitária onde trabalho quando encontrei o pastor que é cunhado do meu cunhado e sua esposa. Ela é aluna da universidade e tinha ido devolver alguns livros na biblioteca. Ela é a mesma que acompanhou minha irmã na ambulância no dia do acidente.
Ao nos encontrarmos, o pastor, acompanhado de sua esposa, amavelmente e calmamente contou-me que tinha ido aquela tarde ao hospital visitar minha irmã. Como ainda não havia conversado com minha mãe sobre como foi a visita daquele dia, o pastor me deixou a par dos acontecidos presenciados em sua visita. Então, ele me disse que durante sua visita a minha irmã, a equipe médica entrou no quarto da UTI para examiná-la e os médicos deram ênfase do caso dela ser delicado e que mesmo ela tendo apresentado boas reações, não significava uma melhora. O quadro dela continuava a inspirar muito cuidado e devíamos orar muito a Deus.
Conversamos um pouco a respeito de tudo que estava acontecendo naqueles últimos dias em nossas vidas.  Como família, nós estávamos vivendo momentos bem delicados, pois o pastor tinha a poucos dias voltado do enterro de seu pai. A sogra da minha irmã estava se recuperando da cirurgia de três pontes de safena pós-infarto e naquele momento analisamos o caso de tudo que aconteceu com minha irmã. Contei sobre o medo que tinha de perdê-la e algo que rondava meus pensamentos: o sentimento estranho de nunca na vida ter passado por situações tão difíceis, como a de alguém muito próximo ter morrido, ter uma doença grave ou uma situação como aquela que vivenciávamos. Após esse diálogo agradeci a ele por ter me dado notícias respeito da minha irmã e disse que sabíamos que deveríamos perseverar na oração.  Despedimo-nos e voltei ao trabalho.
Eu deveria sair do trabalho somente às 22h, mas naquele dia somente meu corpo estava presente. Minha mente volta e meia percorria os pensamentos sobre minha irmã. Conversei com uma de minhas colegas de trabalho sobre a situação delicada que ela se encontrava no hospital e vi o quanto eu estava frágil. Achamos por bem que eu fosse embora, não conseguiria mais trabalhar adequadamente naquele dia. Liguei para meu marido me buscar, logo em seguida liguei pra minha mãe e falei que sairia mais cedo e passaria em sua casa. Ela disse que eu fazia bem, que precisávamos conversar em família.