quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Confiança no cuidado de Deus: reflexiva

Fonte: Reflectivo por jenlen, usada sob CC BY-NC-ND 2.0

No dia 2 de maio, enquanto minha mãe estava no hospital, eu estava no trabalho e aguardava ansiosa por notícias da minha irmã. Por volta das 19h eu estava voltando do meu horário de intervalo na biblioteca universitária onde trabalho quando encontrei o pastor que é cunhado do meu cunhado e sua esposa. Ela é aluna da universidade e tinha ido devolver alguns livros na biblioteca. Ela é a mesma que acompanhou minha irmã na ambulância no dia do acidente.
Ao nos encontrarmos, o pastor, acompanhado de sua esposa, amavelmente e calmamente contou-me que tinha ido aquela tarde ao hospital visitar minha irmã. Como ainda não havia conversado com minha mãe sobre como foi a visita daquele dia, o pastor me deixou a par dos acontecidos presenciados em sua visita. Então, ele me disse que durante sua visita a minha irmã, a equipe médica entrou no quarto da UTI para examiná-la e os médicos deram ênfase do caso dela ser delicado e que mesmo ela tendo apresentado boas reações, não significava uma melhora. O quadro dela continuava a inspirar muito cuidado e devíamos orar muito a Deus.
Conversamos um pouco a respeito de tudo que estava acontecendo naqueles últimos dias em nossas vidas.  Como família, nós estávamos vivendo momentos bem delicados, pois o pastor tinha a poucos dias voltado do enterro de seu pai. A sogra da minha irmã estava se recuperando da cirurgia de três pontes de safena pós-infarto e naquele momento analisamos o caso de tudo que aconteceu com minha irmã. Contei sobre o medo que tinha de perdê-la e algo que rondava meus pensamentos: o sentimento estranho de nunca na vida ter passado por situações tão difíceis, como a de alguém muito próximo ter morrido, ter uma doença grave ou uma situação como aquela que vivenciávamos. Após esse diálogo agradeci a ele por ter me dado notícias respeito da minha irmã e disse que sabíamos que deveríamos perseverar na oração.  Despedimo-nos e voltei ao trabalho.
Eu deveria sair do trabalho somente às 22h, mas naquele dia somente meu corpo estava presente. Minha mente volta e meia percorria os pensamentos sobre minha irmã. Conversei com uma de minhas colegas de trabalho sobre a situação delicada que ela se encontrava no hospital e vi o quanto eu estava frágil. Achamos por bem que eu fosse embora, não conseguiria mais trabalhar adequadamente naquele dia. Liguei para meu marido me buscar, logo em seguida liguei pra minha mãe e falei que sairia mais cedo e passaria em sua casa. Ela disse que eu fazia bem, que precisávamos conversar em família.

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