quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Confiança no cuidado de Deus: conforto e esperança

O dia 2 de maio em minha perspectiva pode ser considerado o mais crítico de todo esse período e o que mais abalou nossas estruturas. Por mais que a família visse o corpo da minha irmã reagindo ao visitá-la na UTI, os médicos sempre frisavam que seu quadro era considerado grave e delicado, devendo-se ficar sob estrita observação, com sério risco de morte. Afinal, ela ainda corria risco de passar pela cirurgia causada do inchaço do cérebro.
As visitas na UTI ocorriam sempre às 16h com período de duração de 20 min., sendo que por dia somente poderia entrar duas pessoas. Então, nosso núcleo familiar revezava cada dia para que cada um tivesse a oportunidade de ver minha irmã. Além das duas visitas, minha irmã era visitada pelos pastores de nossa igreja, tio e dois cunhados do meu cunhado que também são pastores. Como é sabido, sacerdotes tem autorização para ingressar no hospital a qualquer hora do dia e da noite para ministrar assistência religiosa, desde que autorizado pelo visitado ou por sua família. 
No dia 2 de maio meu cunhado e minha mãe foram visitar minha irmã. Como nesse dia ainda não tinha tido a oportunidade de realizar a visita vou compartilhar a experiência que minha mãe vivenciou. Ela relatou que ao chegar à sala de espera do hospital, notou a presença de uma querida irmã da igreja. Ela é uma profissional muito ocupada, portanto minha mãe ficou surpresa por ela ter deixado todos os seus compromissos para estar ali a sua espera. Como minha mãe nesse dia estava bem abalada, essa irmã, ao ver minha mãe chegando, já foi logo ao seu encontro, abraçou-na tentando a confortar. Ela disse que estava ali para a consolar e dizer-na para que não chorasse e nunca desistir de sua filha, pois minha irmã até poderia estar desenganada pelos médicos, mas nada era impossível para Deus. Visto que, algum tempo atrás Deus tinha curado sua filha de uma enfermidade muito grave, que também a havia deixado por algum tempo internada na UTI, mas Deus havia ouvido sua oração e da igreja e sua filha foi curada. Ela aconselhou minha mãe a fazer da mesma forma que ela fez com sua filha, dizendo que quando entrasse na UTI, era para ela se debruçar sobre minha irmã, e clamar a Deus em seu favor, de forma que sua oração, juntamente com a de todos que tinham o conhecimento do caso dela e que estavam intercedendo a seu favor dela. Ela disse que esperava que assim Deus haveria de ouvir e responder conforme Sua vontade.
Mesmo sem muitas boas notícias por parte dos médicos, seguíamos apegados ao que Deus não deixava faltar em nossos corações: a esperança.


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