O dia 2 de maio em minha perspectiva pode ser
considerado o mais crítico de todo esse período e o que mais abalou
nossas estruturas. Por mais que a família visse o corpo da minha
irmã reagindo ao visitá-la na UTI, os médicos sempre frisavam
que seu quadro era considerado grave e delicado, devendo-se ficar sob estrita
observação, com sério
risco de morte. Afinal, ela ainda corria risco de passar pela cirurgia causada
do inchaço do cérebro.
As visitas na UTI ocorriam sempre às 16h com
período de duração de 20 min., sendo que por dia somente poderia entrar duas
pessoas. Então, nosso núcleo familiar revezava cada dia para que cada um
tivesse a oportunidade de ver minha irmã. Além das duas visitas, minha irmã era
visitada pelos pastores de nossa igreja, tio e dois cunhados do meu cunhado
que também são pastores. Como é sabido, sacerdotes tem
autorização para ingressar no hospital a qualquer hora do dia e da
noite para ministrar assistência religiosa, desde que autorizado pelo
visitado ou por sua família.
No dia 2 de maio meu cunhado e minha mãe foram
visitar minha irmã. Como nesse dia ainda não tinha tido a oportunidade de
realizar a visita vou compartilhar a experiência que minha mãe vivenciou. Ela
relatou que ao chegar à sala de espera do hospital, notou a presença de uma
querida irmã da igreja. Ela é uma profissional muito ocupada, portanto minha
mãe ficou surpresa por ela ter deixado todos os seus compromissos para estar
ali a sua espera. Como minha mãe nesse dia estava bem abalada, essa irmã, ao
ver minha mãe chegando, já foi logo ao seu encontro, abraçou-na tentando a
confortar. Ela disse que estava ali para a consolar e dizer-na para que não
chorasse e nunca desistir de sua filha, pois minha irmã até poderia estar desenganada pelos médicos, mas nada era impossível para Deus. Visto que, algum tempo atrás Deus tinha curado sua filha de uma enfermidade
muito grave, que também a havia deixado por algum tempo internada na UTI, mas
Deus havia ouvido sua oração e da igreja e sua filha foi curada. Ela aconselhou
minha mãe a fazer da mesma forma que ela fez com sua filha, dizendo que quando
entrasse na UTI, era para ela se debruçar sobre minha irmã, e clamar a Deus em
seu favor, de forma que sua oração, juntamente com a de todos que tinham o
conhecimento do caso dela e que estavam intercedendo a seu favor dela. Ela
disse que esperava que assim Deus haveria de ouvir e responder conforme Sua
vontade.
Mesmo sem muitas boas notícias por parte dos
médicos, seguíamos apegados ao que Deus não deixava faltar em nossos corações:
a esperança.
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