Logo após o
encontro com a irmã da igreja, minha mãe renovou suas forças e entrou para a
visita. Ao entrar no quarto de UTI, olhou para minha irmã e viu que ela estava
num sono profundo. Chamou-a pelo seu nome, tocou-a suavemente, mas não houve nenhuma
reação de sua parte, nenhuma resposta a sua interação. Logo chegou a equipe
médica. Nesse momento meu cunhado não estava mais acompanhando minha mãe, pois
teve que ficar com meu sobrinho do lado de fora da UTI. Crianças não tem
permissão para entrar na UTI e o pequeno estava muito abalado e sensível com
toda essa situação.
Portanto a equipe
médica conversou somente com minha mãe. Eles voltaram mais uma vez a afirmar
que o estado dela era muito grave pelo fato da lesão ter atingido uma grande
parte do cérebro do lado esquerdo, que estava ainda muito inchado. A solução
encontrada era uma intervenção cirúrgica, o que também era muito ariscado. Pela
terceira vez ouvimos esse tipo de afirmação por parte da equipe médica. Em
todas as oportunidades eles eram incisivos e diretos tentando alertar-nos e
deixar claro o quanto a situação era delicada.
Pelo olhar da equipe médica minha mãe entendia como se eles quisessem transmitir a mensagem de que já sentiam muito pela perda da minha irmã. Inclusive a psicóloga da UTI chegou a oferecer apoio psicológico, e deixou claro sua preocupação com meu sobrinho. Chegou a dizer havia um padre que em breve estaria ali e que se ela quisesse, poderia dar a bênção a minha irmã. Minha mãe agradeceu e falou que ela já estava bem amparada pelos nossos pastores.
Pelo olhar da equipe médica minha mãe entendia como se eles quisessem transmitir a mensagem de que já sentiam muito pela perda da minha irmã. Inclusive a psicóloga da UTI chegou a oferecer apoio psicológico, e deixou claro sua preocupação com meu sobrinho. Chegou a dizer havia um padre que em breve estaria ali e que se ela quisesse, poderia dar a bênção a minha irmã. Minha mãe agradeceu e falou que ela já estava bem amparada pelos nossos pastores.
Durante a visita a
equipe médica examinou minha irmã e disseram que dentro de uma hora voltariam
para examiná-la novamente. De hora em hora os médicos a examinavam: olhavam as
pupilas, davam batidinhas nos joelhos, nas solas dos pés passavam um objeto
para ver se reagia, mas ela não tinha reação positiva.
Com a saída de
todos, minha mãe pode ficar a sós com minha irmã. Apesar de sua falta de
reação, sua esperança seguia sempre viva.
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