No
momento que minha mãe ficou sozinha com minha irmã no quarto da UTI ela começou
a refletir sobre a devocional que fez pela manhã no texto de João (9.1-7).
Se Deus havia curado um cego de nascença para que se manifestassem nele as
obras de Deus, da mesma forma Deus poderia usar a vida da minha irmã como
instrumento vivo para que se manifestasse nela a glória de Deus.
Junto
com a nossa família todos os irmãos da igreja estavam buscando a Deus em favor
dela e acreditávamos que o milagre poderia ser feito. Então, minha mãe se
curvou diante do nosso Deus Grandioso e clamou pela sua misericórdia e bondade,
visto que Ele era o único que poderia operar o milagre sobre a vida da minha
irmã. Em sua oração minha mãe pediu que o SENHOR desinchasse o seu cérebro e
que se fosse essa sua vontade, que não a levasse. Ela pedia isso pensado em meu
sobrinho, em como ele ficaria sem a sua mãe e na importância que a mãe tem em
todos os aspectos e fases da vida. Se mãe é insubstituível, ela faria falta em
seu desenvolvimento e formação como pessoa.
Durante
a oração, com os olhos fechados, minha mãe sentiu minha irmã pegando no seu
braço com a mão esquerda, a mão que não sofreu perda motora, ao perceber essa
reação da minha irmã, minha mãe abriu os olhos e viu minha irmã balbuciando
algo. Em seguida ela aquietou-se e voltou a dormir da mesma forma que estava
antes.
Naquele
instante, com o coração perplexo pelo que acabara de acontecer, minha mãe
voltou a orar, vivenciando uma experiência inigualável, de forma que com o seu
corpo tremendo ela sentiu que Deus estava respondendo as orações. Foi um
momento único.
Minha
mãe já estava no quarto da UTI há cerca de uma hora. Então chegou um dos
pastores, cunhado do meu cunhado, e depois novamente a equipe médica para
examinar o estado clínico da minha irmã. Iniciaram os mesmos procedimentos de
antes, ao tocar na sola dos pés sentiram movimento diferente do anterior.
Quando foi observar as pupilas, começaram conversar entre eles. Curiosa e um
pouco ansiosa, minha mãe perguntou o que estava acontecendo. Um dos médicos
então respondeu que a reação apresentada pelo corpo da minha irmã era um bom
sinal. Minha mãe sentiu mais aliviada e mais confiante no SENHOR. Perguntou se
poderia ficar no quarto da UTI mais algum tempo e responderam que sim.
O
tempo limite de visitas na UTI é de somente vinte minutos e a equipe médica não
permite os visitantes ficar muito mais tempo que isso. No entanto, nesse dia os
médicos deixaram minha mãe ficar dentro da UTI cerca de duas horas acompanhando
minha irmã. A impressão que ela teve é que o corpo médico a deixaram ficar mais
tempo como forma de despedir da minha irmã, reafirmando que o caso dela
inspirava muito cuidado, sendo esse o dia mais crítico. Contrariando esse
sentimento, porém, minha mãe foi para casa completamente confiante no agir de
Deus.
REFERÊNCIAS
João. Português. A BÍBLIA Sagrada. Tradução de
João Ferreira de Almeida. 2. ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil,
1999.
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