segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Confiança no cuidado de Deus: o toque

No momento que minha mãe ficou sozinha com minha irmã no quarto da UTI ela começou a refletir sobre a devocional que fez pela manhã no texto de João (9.1-7). Se Deus havia curado um cego de nascença para que se manifestassem nele as obras de Deus, da mesma forma Deus poderia usar a vida da minha irmã como instrumento vivo para que se manifestasse nela a glória de Deus.
Junto com a nossa família todos os irmãos da igreja estavam buscando a Deus em favor dela e acreditávamos que o milagre poderia ser feito. Então, minha mãe se curvou diante do nosso Deus Grandioso e clamou pela sua misericórdia e bondade, visto que Ele era o único que poderia operar o milagre sobre a vida da minha irmã. Em sua oração minha mãe pediu que o SENHOR desinchasse o seu cérebro e que se fosse essa sua vontade, que não a levasse. Ela pedia isso pensado em meu sobrinho, em como ele ficaria sem a sua mãe e na importância que a mãe tem em todos os aspectos e fases da vida. Se mãe é insubstituível, ela faria falta em seu desenvolvimento e formação como pessoa.
Durante a oração, com os olhos fechados, minha mãe sentiu minha irmã pegando no seu braço com a mão esquerda, a mão que não sofreu perda motora, ao perceber essa reação da minha irmã, minha mãe abriu os olhos e viu minha irmã balbuciando algo. Em seguida ela aquietou-se e voltou a dormir da mesma forma que estava antes.
Naquele instante, com o coração perplexo pelo que acabara de acontecer, minha mãe voltou a orar, vivenciando uma experiência inigualável, de forma que com o seu corpo tremendo ela sentiu que Deus estava respondendo as orações. Foi um momento único.
Minha mãe já estava no quarto da UTI há cerca de uma hora. Então chegou um dos pastores, cunhado do meu cunhado, e depois novamente a equipe médica para examinar o estado clínico da minha irmã. Iniciaram os mesmos procedimentos de antes, ao tocar na sola dos pés sentiram movimento diferente do anterior. Quando foi observar as pupilas, começaram conversar entre eles. Curiosa e um pouco ansiosa, minha mãe perguntou o que estava acontecendo. Um dos médicos então respondeu que a reação apresentada pelo corpo da minha irmã era um bom sinal. Minha mãe sentiu mais aliviada e mais confiante no SENHOR. Perguntou se poderia ficar no quarto da UTI mais algum tempo e responderam que sim.
O tempo limite de visitas na UTI é de somente vinte minutos e a equipe médica não permite os visitantes ficar muito mais tempo que isso. No entanto, nesse dia os médicos deixaram minha mãe ficar dentro da UTI cerca de duas horas acompanhando minha irmã. A impressão que ela teve é que o corpo médico a deixaram ficar mais tempo como forma de despedir da minha irmã, reafirmando que o caso dela inspirava muito cuidado, sendo esse o dia mais crítico. Contrariando esse sentimento, porém, minha mãe foi para casa completamente confiante no agir de Deus.

REFERÊNCIAS

João. Português. A BÍBLIA Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2. ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

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