Depois
de sete dias internada na UTI minha irmã agora se encontrava no quarto do
hospital recuperando-se. O dia 8 de maio foi um dia muito importante e
emocionante para ela, pois seu filho pode reencontra-lá. Dá para imaginar a
grande emoção?
Ela
sempre se apresentou com o cognitivo preservado, ou seja, entendia perfeitamente, reconhecia a todos, sabia de tudo o que estava se
passando, mas não conseguia falar. No entanto ela se expressava muito bem. Ela
teve paralisia facial, que já se encontrava em processo de recuperação, seu
olhar sempre foi bem expressivo e interativo. O seu quadro era de hemiplegia à
direita, ou seja, estava sem movimentos em todo o lado direito do corpo. Em
todo momento ela estava sendo acompanhada por fisioterapeutas e fonoaudiólogos.
Nossa querida amiga fisioterapeuta, até colocou-a em pé nesse mesmo dia e disse
que foi meio embaraçoso, porque foi a primeira vez depois que ocorreu a lesão e
ela ainda sentia-se fraca, mas depois a deixou sentada por um momento na
poltrona e fizeram o restante dos exercícios, apresentando boa evolução.
No dia
9 de maio minha irmã continuou demonstrando uma boa recuperação até mesmo
ilustrada por meio de seus belos sorrisos. A fisioterapeuta trabalhou com
exercícios faciais, colocou-a novamente em pé, mas ela ficava com medo de cair,
sentindo-se receosa. Dos relatos de nossa querida amiga fisioterapeuta, ela conta
que após fazê-la ficar em pé e depois coloca-la de volta na cama, a perna
direita ficou mais a frente e ela arrastou a perna. Grandes maravilhas se
manifestando, glória a Deus!
No dia
10 de maio logo cedo tive a primeira chance de passar um tempo na companhia da
minha irmã desde o acidente. Cheguei cedo ao hospital e fui acompanha-la em uma
ressonância e me alegrei, pois ela encontrava-se muito bem! Nesse momento
pudemos conversar bastante sobre ela, sobre como ela se sentia sobre o AVC e
sobre seus sentimentos. Ela sabia o que tinha sofrido um AVC, que se sentia
confortada sobre a situação e que estava grata a Deus por estar bem. É claro
que tive que interpretar toda a conversa, mas seu semblante demonstrava muito
sobre si.
Na hora
do desjejum ela pediu café com leite e comeu iogurte, os quais eu servi pra
ela, pois ela ainda estava com dificuldade para trazer os alimentos à boca. Ela
fazia carinho em minha mão e eu retribuía com mais carinho e sorrisos. Foi um
ótimo dia para nós duas, pois pudemos demonstrar muito o carinho e cuidado que
temos uma pela outra. Tive até o privilégio de receber beijinho no rosto ao ir
embora!
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