sexta-feira, 18 de abril de 2014

Confiança no cuidado de Deus: início da recuperação

Depois de sete dias internada na UTI minha irmã agora se encontrava no quarto do hospital recuperando-se. O dia 8 de maio foi um dia muito importante e emocionante para ela, pois seu filho pode reencontra-lá. Dá para imaginar a grande emoção?
Ela sempre se apresentou com o cognitivo preservado, ou seja, entendia perfeitamente, reconhecia a todos, sabia de tudo o que estava se passando, mas não conseguia falar. No entanto ela se expressava muito bem.  Ela teve paralisia facial, que já se encontrava em processo de recuperação, seu olhar sempre foi bem expressivo e interativo. O seu quadro era de hemiplegia à direita, ou seja, estava sem movimentos em todo o lado direito do corpo. Em todo momento ela estava sendo acompanhada por fisioterapeutas­ e fonoaudiólogos. Nossa querida amiga fisioterapeuta, até colocou-a em pé nesse mesmo dia e disse que foi meio embaraçoso, porque foi a primeira vez depois que ocorreu a lesão e ela ainda sentia-se fraca, mas depois a deixou sentada por um momento na poltrona e fizeram o restante dos exercícios, apresentando boa evolução.
No dia 9 de maio minha irmã continuou demonstrando uma boa recuperação até mesmo ilustrada por meio de seus belos sorrisos. A fisioterapeuta trabalhou com exercícios faciais, colocou-a novamente em pé, mas ela ficava com medo de cair, sentindo-se receosa. Dos relatos de nossa querida amiga fisioterapeuta, ela conta que após fazê-la ficar em pé e depois coloca-la de volta na cama, a perna direita ficou mais a frente e ela arrastou a perna. Grandes maravilhas se manifestando, glória a Deus!
No dia 10 de maio logo cedo tive a primeira chance de passar um tempo na companhia da minha irmã desde o acidente. Cheguei cedo ao hospital e fui acompanha-la em uma ressonância e me alegrei, pois ela encontrava-se muito bem! Nesse momento pudemos conversar bastante sobre ela, sobre como ela se sentia sobre o AVC e sobre seus sentimentos. Ela sabia o que tinha sofrido um AVC, que se sentia confortada sobre a situação e que estava grata a Deus por estar bem. É claro que tive que interpretar toda a conversa, mas seu semblante demonstrava muito sobre si.
Na hora do desjejum ela pediu café com leite e comeu iogurte, os quais eu servi pra ela, pois ela ainda estava com dificuldade para trazer os alimentos à boca. Ela fazia carinho em minha mão e eu retribuía com mais carinho e sorrisos. Foi um ótimo dia para nós duas, pois pudemos demonstrar muito o carinho e cuidado que temos uma pela outra. Tive até o privilégio de receber beijinho no rosto ao ir embora!
Esse foi um dia de grande alívio para mim. Meu coração podia enfim descansar um pouco depois de tantos dias de apreensão.
Minha irmã sentada na cadeira de rodas no quarto do hospital e eu ao seu lado, ambas sorrindo.
Minha irmã e eu no quarto do hospital no dia 10/05/2013.

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