Ao
saírem os resultados dos exames os médicos diagnosticaram o que minha irmã
tinha sofrido prematuramente, aos 30 anos de idade: ela tinha sido acometida de
um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. Para compreender do que se
trata tem-se uma definição:
O AVC é
isquêmico quando há uma obstrução da artéria, impedindo a passagem de oxigênio
para as células cerebrais, que morrem - essa condição é chamada de isquemia. A
diferença do AVC isquêmico para o AVC
hemorrágico é o que segundo decorre do rompimento de um vaso, e
não de seu entupimento. (TUDO..., 2013).
No
caso dela o que ocorreu foi o ressecamento da carótida esquerda. Essa
obstrução fez com que ela ficasse sem oxigênio na parte esquerda do cérebro
danificando 60% deste lado do cérebro, o que comprometeu a parte motora do lado
direito do corpo e a fala.
Geralmente,
são as pessoas idosas que são mais atingidas pelo AVC isquêmico, pelo motivo de
gordura se acumular na carótida ao longo dos anos e causar o entupimento da
artéria, o que não se aplica ao caso da minha irmã. Os médicos dizem que não é
comum uma pessoa nova ter esse tipo de acidente. Inicialmente foi levantada a
hipótese de que as dores de cabeça que ela estava sentindo poderiam ser sinal e
que teriam conduzido ao AVC adicionado à alteração na válvula do coração. Mas
logo essa hipótese foi descartada, pelo fato do AVC ser isquêmico. Casos como
dor de cabeça e pressão alta estão mais relacionados ao AVC hemorrágico, visto que há
o rompimento de um vaso cerebral, ocorrendo um sangramento (hemorragia) em
algum ponto do sistema nervoso.
Enfim,
somente por meio de uma longa investigação os médicos tentariam descobrir qual
seria a causa que levou minha irmã até o AVC. O que não vinha ao caso naquele
exato momento, pois o foco e a preocupação maior era cuidar e salvar a vida
dela.
Depois
do diagnóstico e tendo informado à família do que se tratava, o corpo médico
frisou que apesar de constatarem que era um AVC, naquele momento eles não
teriam como realizar nenhum procedimento médico. O único procedimento adequado
a ser feito era aguardar o organismo dela reagir e monitorar essa reação para
que assim, se fosse o caso, interferissem. De acordo com eles quando uma
pessoa sofre AVC e é diagnosticado nas primeiras horas o paciente pode
se
beneficiar da injeção intravenosa de um medicamento conhecido como fator de
ativação tissular de plasminogênio. Esse fator ajuda na dissolução e quebra dos
coágulos e deve ser administrado de 4-5 horas após o início do AVC e não pode
ser administrado em pacientes com AVC hemorrágico. (TRATAMENTOS..., 2013).
No
caso da minha irmã os médicos preferiram não aplicar essa injeção, pois não se
sabe ao certo qual foi a hora que minha irmã sofreu o AVC. Sabemos apenas o
momento que ela caiu da cama, mas não quando ocorreu o acidente no período da
madrugada. De forma que eles preferirem não arriscar. Logo, eles decidiram
colocá-la na UTI para que pudesse monitorá-la de forma mais adequada. Ela não
precisou de aparelhos para respirar e não foi aplicado nenhum remédio, somente
foi introduzido nela o cateter para o soro.
Foi
informado à família que as primeiras 48h após o AVC é o momento que o organismo
tentará a reagir ao trauma. Nesse momento nós, a família, juntamente aos
parentes e amigos, passamos por uma grande prova de paciência para conseguir
acalmar e aguardar o corpo dela reagir. Tudo que poderíamos fazer era
perseverar na oração.
REFERÊNCIAS
TRATAMENTOS AVC. 2013. Disponível em: <http://www.criasaude.com.br/N11471/doencas/tratamentos-avc.html>.
Acesso em: 25 nov. 2013.
TUDO sobre AVC
isquêmico: visão geral: o que é AVC isquêmico? In: Minha vida: saúde,
alimentação e bem estar. Disponível em:
<http://www.minhavida.com.br/saude/temas/avc-isquemico>. Acesso em: 21
nov. 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário