terça-feira, 26 de novembro de 2013

Confiança no cuidado de Deus: no hospital

Ao saírem os resultados dos exames os médicos diagnosticaram o que minha irmã tinha sofrido prematuramente, aos 30 anos de idade: ela tinha sido acometida de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) isquêmico. Para compreender do que se trata tem-se uma definição:

AVC é isquêmico quando há uma obstrução da artéria, impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais, que morrem - essa condição é chamada de isquemia. A diferença do AVC isquêmico para o AVC hemorrágico é o que segundo decorre do rompimento de um vaso, e não de seu entupimento. (TUDO..., 2013).

No caso dela o que ocorreu foi o ressecamento da carótida esquerda. Essa obstrução fez com que ela ficasse sem oxigênio na parte esquerda do cérebro danificando 60% deste lado do cérebro, o que comprometeu a parte motora do lado direito do corpo e a fala.
Geralmente, são as pessoas idosas que são mais atingidas pelo AVC isquêmico, pelo motivo de gordura se acumular na carótida ao longo dos anos e causar o entupimento da artéria, o que não se aplica ao caso da minha irmã. Os médicos dizem que não é comum uma pessoa nova ter esse tipo de acidente. Inicialmente foi levantada a hipótese de que as dores de cabeça que ela estava sentindo poderiam ser sinal e que teriam conduzido ao AVC adicionado à alteração na válvula do coração. Mas logo essa hipótese foi descartada, pelo fato do AVC ser isquêmico. Casos como dor de cabeça e pressão alta estão mais relacionados ao AVC hemorrágico, visto que há o rompimento de um vaso cerebral, ocorrendo um sangramento (hemorragia) em algum ponto do sistema nervoso.
Enfim, somente por meio de uma longa investigação os médicos tentariam descobrir qual seria a causa que levou minha irmã até o AVC. O que não vinha ao caso naquele exato momento, pois o foco e a preocupação maior era cuidar e salvar a vida dela.
Depois do diagnóstico e tendo informado à família do que se tratava, o corpo médico frisou que apesar de constatarem que era um AVC, naquele momento eles não teriam como realizar nenhum procedimento médico. O único procedimento adequado a ser feito era aguardar o organismo dela reagir e monitorar essa reação para que assim, se fosse o caso, interferissem. De acordo com eles quando uma pessoa sofre AVC e é diagnosticado nas primeiras horas o paciente pode

se beneficiar da injeção intravenosa de um medicamento conhecido como fator de ativação tissular de plasminogênio. Esse fator ajuda na dissolução e quebra dos coágulos e deve ser administrado de 4-5 horas após o início do AVC e não pode ser administrado em pacientes com AVC hemorrágico. (TRATAMENTOS..., 2013).

No caso da minha irmã os médicos preferiram não aplicar essa injeção, pois não se sabe ao certo qual foi a hora que minha irmã sofreu o AVC. Sabemos apenas o momento que ela caiu da cama, mas não quando ocorreu o acidente no período da madrugada. De forma que eles preferirem não arriscar. Logo, eles decidiram colocá-la na UTI para que pudesse monitorá-la de forma mais adequada. Ela não precisou de aparelhos para respirar e não foi aplicado nenhum remédio, somente foi introduzido nela o cateter para o soro.
Foi informado à família que as primeiras 48h após o AVC é o momento que o organismo tentará a reagir ao trauma. Nesse momento nós, a família, juntamente aos parentes e amigos, passamos por uma grande prova de paciência para conseguir acalmar e aguardar o corpo dela reagir. Tudo que poderíamos fazer era perseverar na oração.

REFERÊNCIAS

TRATAMENTOS AVC. 2013. Disponível em: <http://www.criasaude.com.br/N11471/doencas/tratamentos-avc.html>. Acesso em: 25 nov. 2013.

TUDO sobre AVC  isquêmico: visão geral: o que é AVC isquêmico? In: Minha vida: saúde, alimentação e bem estar. Disponível em: <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/avc-isquemico>. Acesso em: 21 nov. 2013.

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