terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Mostrando a diferença

Milhares de pessoas se declaram atualmente como cristãos, evangélicos, convertidos no Senhor Jesus e frequentam regularmente uma igreja evangélica. De acordo com o estudo “Tendências Demográficas: uma análise da população com base nos resultados dos Censos Demográficos de 1940 e 2000”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2007), os evangélicos cresceram de 2,6% para 15,4%, ou seja, a população evangélica brasileira cresceu quase sete vezes, o que representa mais de 26 milhões de pessoas. E esse dado já tem 10 anos de idade. Por observação apenas, nota-se que o crescimento do número de quem se declara evangélico pode ter sido bem maior em 2010.
Ao olhar para essa estatística e para esses dados de enorme crescimento, algo me deixa bastante intrigada: o fato de termos mais conversões declaradas no Brasil não tem demonstrado o aumentado do impacto das atitudes dos verdadeiros cristãos no país como se esperaria notar, como a mudança de vida, de compostura, de atitude, de pessoas comprometidas com o evangelho de Jesus Cristo e com a pregação da palavra. Não se vê tanto as pessoas sendo mais irrepreensíveis e sinceros, no meio de uma geração corrompida e perversa, na qual resplandecem como astros no mundo (FILIPENSES, 2:15). Não tem se tornado mais tanto comum ver os cristãos fazendo como Jesus ordena, resplandecendo  “a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (MATEUS, 5:16). Entre os membros das igrejas, não tem aumentado a prática do que está escrito em II Coríntios 5:17 “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”. Uma pessoa que está em Cristo deve andar e ser guiado pelo Espírito Santo, e não ser inclinado a seguir e a satisfazer à concupiscência da carne. Ou seja, uma pessoa que está em Cristo não deve fazer mais parte das obras da carne que são: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas” (GALÁTAS, 5:19-20, grifo nosso). Mas deixando essas atitudes antigas, devem andar como novas criaturas, guiadas pelo fruto do Espírito que é um conjunto de “amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (GALÁTAS, 5:22-23). Pergunto-me se realmente os cristãos contemporâneos tem expressado que “os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências. Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (GALÁTAS, 5:24-25). O que me deixa então muito incomodada é o fato de observar o número de pessoas que se dizem cristãs e não ver o ser verdadeiro envolvido com Cristo, não conseguir enxergar o impacto da mudança que Cristo faz na vida dos que o confessam e vê-la refletir essa mudança, demonstrando-a na necessidade de outras pessoas. Nós, ao recebermos a nova natureza não devemos permanecer com velhos costumes, atitudes e hábitos que não pertencem a Cristo. Devemos estar comprometidos com o verdadeiro evangelho e trazer impacto para essa sociedade. Você está realmente comprometido com Deus?


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BÍBLIA. Português. A Bíblia Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. 2 ed. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 1999.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2000. Tendências Demográficas: uma análise da população com base nos resultados dos censos demográficos de 1940 e 2000. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=892>. Acesso em: 29 nov. 2010

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